Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, sob o pseudônimo Max, narra a saga de Honorina, conhecida como Pérola Negra, escrava evoluída, reencarnacionista e resignada com sua árdua expiação. Ambientado em grande parte no território cearense, mas também no Amazonas e Pará, apresenta aventuras entre os indígenas do Pará, fugas e rebeliões de escravos, desajustes de ordem financeira, separações em família, problemas conjugais, dentre outros temas. No enredo, a ficção se funde à realidade: ao final, oferece um resumo do Brasil abolicionista, citando importantes figuras do movimento que culminou com o episódio de 13 de maio 1888.
O manuscrito de “A Pérola Negra”, entregue à FEB pela família do Dr. Bezerra de Menezes, foi publicado originalmente na revista O Reformador, de 1901 a 1905, em folhetins, totalizando 53 capítulos.